terça-feira, 31 de julho de 2007

AREIA


Pousei os olhos na paisagem
em busca do que éramos.
Não havia mais o vaivém das águas
tocando as pedras como quem faz amor.
Pensei que havíamos sido.
Achei que poderíamos ter ido além.
Mas, no mar debruçada,
buscando as letras que atirei nas águas
ao te ver chegar,
percebi que nada mais havia.
Nem mesmo o sol que nos incendiava
ou a noite que nos tornava
embriagados de nós mesmos.
Na areia, a cada passo,
apenas um nome riscado
que as ondas teimavam em apagar:
SAUDADE.

11/08/2006

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