sábado, 15 de setembro de 2007

PERDÃO



Te darei o meu perdão.
Não sei como farei isto,
mas para cada uma das pedras
vindas de tuas mãos em minha direção,
tentarei enxergar as flores que não me deste.
E, quando amanhecer,
estarei sorrindo do pesadelo
que tem sido a tua presença.
Esquecerei, enfim, da falta.
Porque, ao te perdoar,
tão longa e vagamente,
estarei te enterrando vivo.
Junto, como companhia, terás
o meu passado
e todas as tuas juras impensadas de amor.
Não apenas as que me fizeste,
mas todas que lançaste ao vento
para tantas torpes criaturas.
Pronto.
Fiz as pazes com a minha ira.
Agora, tente dormir em paz.

Imagem: Internet

Nenhum comentário: